A arte de procrastinar

Crônica originalmente publicada em 29 de agosto de 2012 no Papo de Gordo.

* Uma pequena contextualização: Essa crônica veio uns cinco meses depois do texto em que eu festejava a volta da coluna Gordo de Raiz depois de dois meses de ausência. O tema não poderia ser mais propício, portanto. E depois disso só voltei a escrever em setembro. Por sinal, veio uma sequência de crônicas “piadas internas” demais que vou ter que pular. Portanto, como faltam poucos textos, essas publicações de “resgate” passam a ser apenas uma por semana a partir de agora. Ou seja: eu procrastino até com o que já está pronto… Ah… e as coisas que eu digo no texto que estava atrasando, realmente atrasei pra caramba!

Não era minha intenção atrasar esse texto. Eu sei que era para ter escrito algo logo depois do post que proclamava o retorno da coluna Gordo de Raiz, em março (que, por sua vez, saiu dois meses depois da anterior). Naturalmente, tenho uma boa justificativa pra isso, mas conto depois.

Não que tenha algo a ver com o assunto, mas pensava outro dia sobre a nobre arte da procrastinação. Pode deixar pra conferir o dicionário depois. Afinal, procrastinadores vivem procrastinando. Eu procrastino, tu procrastina, ele procrastina e todos deixam pra outro dia a tentativa de falar esse parágrafo três vezes rápido.

Não que eu seja um procrastinador. Eu tenho ótimos motivos para estar adiando a volta do vlog Sem Quilos e a finalização do vídeo do tour gastronômico. Depois eu explico, mas o motivo é bom, garanto. O problema é acharem que você é um procrastinador só por alguns pequenos atrasos.

Não vale a máxima de que todo gordo é preguiçoso. Procrastinação nada tem a ver com preguiça. Preguiçosos são os outros. Eu, nem procrastinador sou. Apenas estou enrolado (depois explico), mas tudo vai voltar ao normal (garanto). Logo logo tudo estará pronto, mas voltemos a falar dos assuntos anteriores: procrastinação, procrastinadores e trava-línguas.

Não sou defensor que quem procrastina, embora mereça respeito quem consegue falar isso rápido três vezes (tenta depois). Adiar tudo indefinidamente para fazer correndo desesperado de qualquer jeito em cima da hora não e uma atitude elogiável. Melhor fazer com antecedência, a não ser quando não dá mesmo, o que sempre é o caso. Não sou um gordo preguiçoso, pelo contrário, depois dou detalhes que vão esclarecer tudo.

Não é que eu esteja justificando um erro. Atrasar é normal. Os outros enrolam. Você vai entender quando eu explicar melhor, mas depois faço isso. Agora, vou terminar o que estava fazendo para poder finalizar uma outra coisa que é necessária para um troço que eu preciso concluir para poder colocar em dia o que está atrasado, embora no prazo certo.

Não disse que eu ia explicar direito?