Gordo de Raiz

Um gordo de raiz no spa – epílogo

Crônica originalmente publicada em 22 de julho de 2009 no Papo de Gordo.

Sobrevivi! Tudo bem que passar apenas dois dias e meio no spa não conta exatamente como sobrevivência. Porém, considerando o que passei, até que posso ser chamado de sobrevivente. Resultado do curto período de tortura: uma costela machucada, um braço engessado e quatro quilos a menos. É, pessoal, quatro quilos perdidos em dois dias no spa, o que é impressionante, considerando que no segundo dia não fiz nenhuma atividade física.

Vou voltar ao spa assim que possível. É questão de honra conseguir aguentar uma semana inteira por lá. Agora fiquei brabo. Prometo que volto (quando, não sei, já que depende de ter uma semana de folga) e retomo esses relatos. Quer dizer… Isso se os leitores do Papo de Gordo quiserem (dado o sadismo de alguns é capaz de quererem só pra ver se vou me quebrar de novo).

Antes de voltar pra casa, contudo, vale o registro de um rápido bate-papo com a psicóloga do spa: Baseada em poucas informações minhas, ela concluiu que sou compulsivo por comida. Ela deve dizer isso para todos… Ao menos agora eu sei que fico comendo sem parar por saudades do colo da minha mãe. Ou seja: Para emagrecer basta sentar nela. Só que se eu fizer isso para curar o trauma da comida, crio um novo trauma por matá-la.

De volta à vida normal, o único problema é que todos, de repente, se transformam em nutricionistas. Cada pedaço de pão ou fatia de queijo é vigiado por olhos atentos que sempre falam que você está exagerando, mesmo se aquele for o primeiro alimento que ingere há horas. Ou seja: um gordo pode até deixar o spa, mas o spa nunca vai deixá-lo.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *