Gordo de Raiz

Um gordo de raiz no spa – dia 2

Crônica originalmente publicada em 20 de julho de 2009 no Papo de Gordo.

Alguma coisa estava errada quando no café da manhã veio um pãozinho quente com requeijão e queijo minas. Apesar do tamanho, estava muito bom. Eu devia ter percebido o sinal de que as coisas não estavam certas e ficado trancado no meu quarto. Mas, nããão… Eu quis me integrar ao movimento saudável e ir com o pessoal caminhar no Parque Municipal de Petrópolis. A vida saudável pode ser cruel.

Ao chegar no Parque, me distanciei do grupo para fotografar a entrada do local (pensando em você, sádico e ingrato leitor). Resolvi dar uma corridinha para alcançar o grupo e tropecei no portão assassino. De maneira “muito” inteligente, deixaram uma barrinha de ferro na parte de baixo do portão que desemboca em um chão de pedras pontudas. Gordos costumam ter bom equilíbrio, mas eu estava correndo, ou seja, fora do meu estado natural de passos lentos. O desastre era inevitável.

Contudo, ao cair, ainda estava com meu N95 na mão esquerda. Na fase final da queda, voando que nem o Super-Homem bêbado, lembrei em milissegundos como o celular foi caro e fiz um rolamento ninja para salvá-lo. Também salvei meu rosto de escoriações profundas, mas o importante era o gadget, claro.

Resultado do acidente: Joelho ralado, ombro detonado, clavícula magoada e antebraço totalmente ferrado. Nem senti o gostinho da caminhada e fui imediatamente para o posto médico vizinho do spa. Em resumo: Nenhuma fratura, felizmente, mas levei uma injeção dolorida no traseiro e ainda estou com o braço direito imobilizado, no mínimo até amanhã. Sim, estou escrevendo isso tudo só com a mão esquerda. Viu como eu gosto dos leitores que tanto riem do meu sofimento?

Algumas coisas boas decorrentes da imobilidade provisória: A nutricionista provavelmente ficou com pena de mim e manteve a dieta das 1.200 calorias; fui liberado pela fisioterapeuta de fazer todas as atividades de hoje; e posso ficar dormindo direto que é só dizer que estou me recuperando. Mas amanhã acaba a festa e, mesmo se continuar machucado, tenho que voltar às atividades (se bem que, se estou aqui, é pra fazer tudo, né?).

Ao menos o jantar foi um fondue no lugar da salada tradicional em homenagem ao dia do amigo. Tá certo que foi só um molhinho com um tiquinho de queijo e uma torradinha (e cenoura!, mas falo disso depois), mas para os padrões de quem está num spa, foi uma ótima pedida. Pensando bem… pode ser outro sinal de que as coisas não estão certas. Vixi… Acho que amanhã nem vou levantar da cama!

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